Um ano de Juventude Trabalhista em meio a encruzilhada nacional

Uma das mais distintas características das “grandes” instituições políticas e todas as suas pseudolideranças malparidas desta detestável “Nova República Velha” que os detratores confessos e silenciosos do legado varguista e do trabalhismo nos legaram é, certamente, a sua incapacidade de dar às dores do povo causadas pelas chagas históricas que eles mesmos fazem questão de perpetuar.

De 1985 para cá, viu-se uma sucessiva alternância de poder entre sociais-liberais e neoliberais. Tanto eles quantos os demais campos políticos postos se demonstraram incapazes de solucionar de maneira adequada e definitiva a menor das chagas da nação, isso quando não estavam ativamente trabalhando em prol de sua piora. O máximo visto foi uma série de políticas públicas medianamente robustas que, paliativas como são, afagam, mas não curam.

E nossa tradição? Onde estavam os ideais nascidos em São Borja e que abalaram a nação como nenhum antes? Estavam devidamente enterrados junto ao túmulo de Dirigente Brizola. Mesmo aqueles que os deveriam defender cederam.

Os Jovens Trabalhistas, desiludidos e em luto pela morte daquele que foi o projeto soberano brasileiro por excelência, decidiram, contra tudo o que estava posto, continuar a árdua marcha. Assim, em 07 de Setembro de 2024 foi fundada a Juventude Trabalhista, visando desenterrar e dar seguimento aos ideais que nunca deveriam ter deixado de governar esta nação. Um novo tempo, um Novo Trabalhismo.

Um ano se passou desde a data. Hoje, os Jovens Trabalhistas tem pernas para andar por si só, não estando mais presos às velhas, corruptas e fisiológicas estruturas de poder partidárias. As tarefas, certamente, são numerosas e difíceis. Urge, por consequência, que se dê prosseguimento às campanhas de burocratização, profissionalização e consolidação de nossa arquitetura institucional. Os deveres que nos serão cobrados, se quisermos seguir em marcha, serão monumentais.

Não há espaço para medo e falta de compromisso e os Jovens Trabalhistas sabem muito bem disso. Em menos de um ano de existência foi organizado um verdadeiro milagre: o Fórum pelo Novo Trabalhismo ocorreu e foi um sucesso. Um espaço plural para congregar os remanescentes do campo nacionalista foi criado. Não havia tal espaço antes e agora, contra toda a maré, há. A procura por aquela que foi e é a autêntica cultura política nacional, isto é, a Cultural Política Trabalhista Brasileira, cresce cada vez mais.

Assim seguimos. Não há salvação para os que estão de costas ao povo e perseguem os que o escutaram. A máscara caiu, falta agora o regime. O alvorecer da nação passa por um fervoroso retorno a São Borja. A JT é este retorno.

Por José Pedro Maia